A figura de Che Guevara equipara-se aos grandes vultos da humanidade, cujos nomes ficaram na história como exemplos para gerações vindouras.
Quer como homem de ação, quer como teórico, Che Guevara foi um revolucionário incansável e persistente que jamais permitiu a dissociação entre as palavras e os fatos; sempre acreditou na força do exemplo pessoal e, por isso mesmo, lançou-se à frente do movimento guerrilheiro da Bolívia para levar à prática as teses que tão ardorosamente defendia.
Morreu lutando de armas na mão, mas foi ele o único surpreendido com o desfecho. Desde a sua mensagem à Tricontinental, um verdadeiro testamento político, havia afirmado:
“Em qualquer lugar que a morte nos surpreenda, que seja bem-vinda, sempre que esse nosso grito de guerra aja chegado até um ouvido receptivo e outros homens se apresentem para entoar os cantos fúnebres com o crepitar das metralhadoras e novos gritos de guerra e de vitória”.
A morte de Che foi um erro [irreparável] para o movimento revolucionário em todo o mundo, mas sim um exemplo para os inúmeros povos que lutam contra o imperialismo. Che Guevara propugnou por uma estratégia global dos povos contra a estratégia global do imperialismo dos Estados Unidos. São milhões de pessoas [que] aceitam a ideia da estratégia global dos povos contra o inimigo comum da humanidade, (…) a luta do povo do Vietnam contra o imperialismo norte-americano e mesmo Guevara comunga dessa mesma ideia e inflige pesado castigo aos marines.
Outros milhões de Guevara surgirão na América Latina e em todo o mundo lutando pelo mesmo ideal. Os dias do imperialismo estão contados! O sacrifício de Che Guevara é apenas o sinal de partida para os povos da América Latina que organizam sua luta pela liberdade.