Muito além de uma natural posição de qualquer comunista de verdade, a solidariedade à Cesare Battisti é um dever humanista.
Depois de quase 40 (quarenta) anos de perseguição do judiciário italiano, numa flagrante Lawfare (“Guerra Jurídica”); depois de ser condenado à revelia em todos os casos e sem qualquer defesa advocatícia; depois de ter sido condenado somente por delação premiada (sem provas substanciais) de ex-militantes que para fugirem de penas pesadas escolheram Battisti como um bode expiatório; depois de se tornar um símbolo aos fascistas para o enterro da esquerda revolucionária italiana; depois de ter sido abandonado de maneira oportunista por quase toda esquerda italiana, inclusive pelos canalhas eurocomunistas e pelos antes ingênuos voluntaristas da velha esquerda armada, hoje verdadeiros traidores ultrarrevisionistas; enfim, depois de todo um calvário de fugas e batalhas jurisdicionais, Battisti infelizmente desembarcou há pouco em Roma para cumprir sua pena perpétua.
Entenda porque ser solidário à Cesare Battisti é um dever humanista, entenda com a sustentação oral plenamente didática do então advogado do italiano, Luís Roberto Barroso, hoje ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).